Não, isso não é um diário,
bem que eu queria que fosse. Isso aqui é um livro de relatos, um pouco malucos,
mas verídicos. É um livro de sobrevivência com quase todas as armadilhas e
personagens maléficos que você vai encontrar no meio do caminho, desde Falsianes
até a TPM.
A verdade é que a
adolescência nunca foi fácil, nem a minha e nem a de ninguém. É aquela fase
bizarra em que a gente fica meio estranho e feio, cheio de espinhas gigantes e
cara oleosa (com óleo o suficiente para fritar um pastel) — a não ser que você
seja uma pessoa infeliz que continua com a pele perfeita, arrrrg, odiozinho de
você —. Sem falar que tudo muda, as amizades, o corpo, os professores, os
gostos e as matérias (sério, quem foi o xexelento que inventou o desenho
geométrico?).
Agora você deve estar
pensando: “Nossa Paulina, quando ódio no coração”. Ódio nada, meu bem. Isso
aqui se chama mudança hormonal, um dia você está dançando e cantando Taylor Swift e no outro você quer fazer
suas inimigas no The Sims e
queimá-las vivas. Seja bem-vindo à
aborrecência.
Antes de começar a ler,
você deve ter em mente que isso aqui não é um livro normal, e fique de olho nas
datas das histórias, viu? Eu fiquei com a mesma turma desde o sexto ano até o
terceiro do ensino médio, então aguenta coração, porque tenho muitos babados
para compartilhar.
Se prepare para muita
vergonha alheia, segredos, risadas e traição (nossa gente, até parece comercial
de novela, me sentindo a diva mexicana, a própria Paola Bracho). Leitura por
sua conta e risco, enjoy it.