Licença sob licença Creative Commons por pixel2013

    Cansei, desci do salto. Que coisa é essa de deixar a minha felicidade nas mãos de alguém?

    Já dizia a minha vó: “Você tem que se valer por você mesma, não depender de ninguém”.

    Por isso cansei.

    Cansei de sofrer por amor, de tentar viver um romance irreal, de chorar quando as expectativas exageradas de Hollywood não são atendidas.

    Cansei de pendurar meias e cuecas furadas, de um panaca que não sabe nem dobrar a própria camisa.

    Onde já se viu um absurdo desse?

    Nasci mulher, guerreira, independente e poderosa. Não nasci para viver naquele romance clichê tóxico, onde o machão procura uma mulher para chamar de “mãe” no lugar de “meu amor”.

    Eu quero mais, eu mereço mais.

    Quero alguém que me tome em seus braços e agarre a minha mão como um companheiro para a toda vida, como deveria ser.

    Estou cansada.

    Cansei de tentar viver nesse conto de fadas onde eu o convido para tomar uma xícara de café.

    Por isso já não quero um buquê de flores de alguém que pensa que pode domar o meu coração.

Imagem sob licença Creative Commons por Matvevna

Alguém que não machucasse o meu coração

Alguém que não me enganasse com palavras

Ou que fizesse coisas por fazer.

Eu nunca quis um amor fácil,

Mas também nunca quis um romance escasso disfarçado de amor.

Eu sempre quis...

Alguém que pudesse dizer “eu te amo” sem medo.

Mais que um amor, um companheiro

Alguém que me fizesse sentir especial.

E aqui deito outra vez,

Pensando em tudo o que aconteceu

Sem entender quando o amor cansou de mim.

Imagem sob licença Creative Commons por Joshua Woroniecki

Eu vi na sombra o que faltava em mim.

Como a silhueta deforme pela luz da lua,

Dançava nos versos do som da noite.

O olhar não mentia na penumbra,

O vento de nada impedia,

Crescer mais uma vez.

Os detalhes não importavam,

Nem a altura ou largura da realidade,

Flutuava mesmo grudada ao chão.

Sombras nuas no frio da noite,

Do mais puro contraste,

Que se misturavam com casas e árvores,

Pássaros e gatos.

Eu e você,

Um ser humano de duas cabeças,

Quatro braços e pernas,

Antes de sermos separados na realidade,

Como dizia a mitologia

Caminhei mais uma vez,

Percebi que eu me seguia,

A sombra.

Ali no outro mundo,

Aquele em 2D,

Os limites não existiam.

Imagem sob licença Creative Commons por Free-Photos

Voy a extrañar,

Tu voz al llamarme chiquita,

Tus besos y mimo en mi cuello y hombros,

La manera que me hacías llegar hasta la luna.

Voy a extrañar tu risa,

Tu carita de confundido,

Y como me decías “loca” al empezar a bailar por la casa.

Voy a extrañar nuestras aventuras,

Nuestro restaurante,

Las pizzas y empanadas del lugar que conocés bien.

Voy a extrañar como me hacías reír,

Y criticabas mi conocimiento en tecnología,

O como l Alexa nos saludaba a las mañanas.

Voy a extrañar cuando competíamos por el mejor strogonoff,

Cuando salíamos a tomar un café en la esquina,

Cuando me tomabas por la mano.

¿Hace cuánto no siento tu mano contra la mía?

¿Tu boca contra la mía?

Voy a extrañar tus locuras,

Los gestos de película,

Y como mirábamos juntos tu programa favorito.

Voy a extrañar como te tenía en mis brazos,

Cuando no te sentías bien y luego te calmabas,

O como me cuidabas mientras dormía.

Voy a extrañar como ponías la pierna sobre la mía,

Y me abrazabas fuerte casi como si no quisiera que me fuera,

O cuando me encarabas sin decirme nada solo para irritarme.

Voy a extrañar cada parte de vos,

Y llevo muchas cosas en mi corazón,

Pero capaz no era el momento cierto,

Por más que yo sintiera que lo fuera.

Y voy a seguir extrañando lo que podría haber sido.

Imagem sob licença Creative Commons por Pexels

Um quarto vazio,

E os braços abertos,

Esperando que você preencha,

O espaço que resta.

No meu corpo,

Os seus braços,

Que enchem a minha alma.

Amor?

É o que eu sinto,

Quando te chamo sem pensar,

No meio da noite.

Uma ligação,

Um sorriso,

Olhares silenciosos,

Beijos lançados que preenchem o ar ao redor de mim.

Esperando,

Um,

Dois,

Três meses.

Que você volte,

E que de braços abertos

Preencha o vazio que deixou em mim.

Imagem sob licença Creative Commons por StockSnap

A gente se apaixona pelo jeito,

Pelo cheiro,

Pela forma de andar.

A gente se apaixona por aquilo,

Que a pessoa é capaz de despertar.

A gente se apaixona pelos gestos,

Pelos gostos,

Pela troca de olhares e o dar-se conta,

De que está com um sorriso bobo no rosto.

A gente se apaixona pelos momentos,

Pelos toques,

Pelos abraços,

E os beijos.

A gente se apaixona pela loucura,

Pelas briguinhas para provocar,

E por aquela sensação de lar.

Olá, pandinhas e pandões!

Em um dia de inspiração (bem aloka mesmo) decidi fazer uma torta de laranja bem estilo foodstagram gourmet. E aqui temos o resultado! Uma receita bem tranquila e fácil de fazer, então sigam-me os bons!

Você vai precisar de:

Massa:

♥ Bolacha maisena;

♥ Muita manteiga/margarina.

Recheio:

♥ 2 e ½ xícara de chá de suco de laranja coado;

♥ 2/3 de xícara de chá de açúcar;

♥ 3 gemas

♥ ½ xícara de chá de amido de milho (se quiser, pode substituir o amido por gelatina incolor, hidratando em água e acrescentando sem precisar levar ao fogo);

Cobertura:

♥ 3 claras;

♥ Açúcar a gosto;

♥ Raspas de laranja.

Modo de preparo da massa:

1 – Triture bem um pacotinho de bolacha.

2 – Acrescente a manteiga e misture com a mão até sentir a massa úmida e poder moldá-la quase como uma massa.

3 – Leve ao forno por aproximadamente 5-10 minutos para endurecer a mistura e que fique firme.

Modo de preparo do recheio:

1 – Dilua o amido de milho no suco de laranja.

2 – Acrescente os outros ingredientes e leve ao fogo médio até ficar cremoso.

3 – Coloque nas formas e deixe esfriar.

- Se puder, desinforme a torta nesse passo.

Merengue:

1 – Coloque açúcar nas claras e bata até ficar com uma consistência firme.

2 – Coloque sobre o creme, com as costas da colher encoste e levante o merengue para fazer o efeito “levantadinho”.

3 – Enfeite com as raspas de laranja.

4 – Leve tudo à geladeira.

Et voilà! Se fizer, me marca lá no insta @pandinando para eu ver a sua obra de arte.

Imagem sob licença Creative Commons por MiraCosic

A água escorrendo pelo corpo, levando mais um dia de calor e de trabalho da pele. O dia-a-dia, a rotina que tanto se fazia monótona em tempos estranhos.

A água que lavava a alma e o frio dos olhares que não entendiam bem as nuances coloridas da vida, da arte e da criatividade.

O mesmo pé que pisava a terra em contato com a Mãe Natureza era obrigado a pisar o asfalto cinza e sem cor. A sentir os calos e dores de um sapato apertado para encaixar-se em uma sociedade sistêmica e produtora de alienados.

O meio sorriso entre a multidão, procurando ser entendida, escutada, vivida. Mas a sociedade havia fabricado homens e mulheres à medida.

Até que no fundo, existe uma voz, um impulso em mudar e, caminhando na direção contrária, as vozes penosas se transformam em música. As palavras escritas no papel se convertem em história, os olhos em romances e linhas em arte.

Estava sempre tudo ali, só bastava encarar com outros olhos para a vida encher de cor. Uma palavra que conecta a outra, um filme, uma imagem, uma dança. Cada arte marcando um momento e contando parte da história da humanidade à sua maneira.

O chuveiro é desligado já com a alma renovada. Mais um dia a ser vivido nesse mundo, mas sem nunca esquecer que a criatividade é a arma mais poderosa contra uma vida fria e sem graça, conectando pessoas, realidades e vivências, para juntos sobreviver nesse caos.

Os olhos brilham e ali ela se senta para terminar o dia escrevendo mais um texto engavetado com a esperança de um dia ser escutada.

Imagem sob licença Creative Commons por distelAPPArath

Pão na chapa e café com leite.

Um forno com aquele famoso bolo de cenoura e chocolate quente.

Aquele abraço no fim da tarde para espantar o cansaço.

O levantar cedinho de manhã para ver o velho desenho quase deitada em um divã.

O sertanejo tocando enquanto a frigideira com óleo fazia o seu burburinho,

Ao entrar em contato com a coxinha em um domingo.

E dormindo... serena ao som da canção de ninar.

Pisar nas linhas brancas da calçada de pedestres,

Pulando e imaginando animais silvestres.

O segurar de sua mão na minha ao andar pela rua.

Sem nem ter ideia da vida nua e crua.

O amigo imaginário que ficou para trás,

Um brinquedo, um lápis, um dente...

Tudo aquilo que já não volta mais.

O cheirinho gostoso de um bom arroz com feijão,

Abraço de vó, carinho de avô.

E toda aquela comoção,

Ao ver a família toda reunida, unida.

Quando os problemas não existiam,

Quando a vida era mais fácil,

Quando com pequenos gestos bastavam,

E um beijo tudo curava.

Mas nunca vou esquecer,

Daquele cheiro tão recorrente,

De um pão na chapa e café com leite.

Imagem sob licença Creative Commons por Marus Spiske

No fim da tarde, olhei pela janela. Ela estava ali, sentada como sempre admirando o movimento da rua em sua cadeira de balanço.

Me aproximei com cautela, nunca soube muito bem como ela poderia reagir, mas sabia que era ela  que deveria permitir a minha chegada, o meu toque.

Olhei, tentando decifrar seus olhos perdidos no movimento da rua, sua boca entreaberta em um suspiro. Lembrei de dias antes de chegar aqui, uma chamada telefônica que mudou tudo, quando aquela frase me deixou tão sem chão.

Agora aqui estava eu, esperando um sinal que ela me reconhecesse, segurando em suas mãos, esperando que se lembrasse de como me cuidava e de tudo o que fazíamos juntas. “Sinto sua falta”, essa frase pesava no meu peito ao ver que ela já não lembrava do meu nome, mas havia algo de mim guardado no fundo dela.

Imaginei, ao ver seus olhos confusos e distantes, as palavras de coisas não ditas que agora se esvaíam de sua memória. As histórias não contadas, o sofrimento não compartilhado, uma vida inteira desaparecendo ao não transformar-se em palavras.

Aqui estou, escutando atentamente a história que emana de seu corpo, de seus gestos e de cada frase solta sem sentido que a conecta com algo do passado. Interpretando aquilo que não foi dito para não perde-la no tempo.

Me calo e não insisto em perguntar, para que ela não se frustre ao tentar lembrar de algo que já não está em sua mente, mas que fez parte de sua história E espero, que por última vez, ela possa dizer o meu nome como o fazia e que em um dia, em um lampejo, possa contar uma daquelas velhas histórias de sua infância.