Voltei meu povo! (Ou seria Pandas? Ou seria
Pandawans?). Trouxe para vocês uma resenha de um livro maravilhoso! Preparados?
Então vamos!
Até eu te possuir.
O livro conta a história de Johanna Dorne, uma
mulher na casa dos quarenta que trabalha em uma biblioteca e ganha o suficiente
para sobreviver. Os livros e o vinho são o seu refúgio, os únicos prazeres que
ela tem. Ela também não é muito sociável porque acredita que possui um tipo de
maldição (então melhor tomar cuidado ao relacionar-se com ela!).
Todas as pessoas que Johanna amou, sofreram
“acidentes” que causaram suas mortes (alguns acidentes nem tão acidentais, se
me permitem dizer), isso inclui familiares, amigos e namorados.
Foi exatamente aos treze anos de idade que a vida
perfeita que levava começou a desmoronar. Sua mãe não acreditou no quase abuso
que ocorreu com Johanna, tornando insuportável a convivência familiar. Logo,
seu pai veio a falecer, em seguida, sua mãe e todos aqueles que ela chegou a
amar algum dia.
Johanna vivia em reclusão, com medo de que sua
maldição pudesse atingir mais vítimas, isso até que Michel Brum apareceu em sua
vida. Michel é um homem sedutor, rico, misterioso e que parece ser imune
à maldição de Johanna.
É com ele que a nossa protagonista volta a viver e
ser feliz, porém, após um tempo de namoro, Michel demonstra comportamentos
estranhos e possessivos. Johanna encara tudo como uma forma exagerada de amor,
afinal, ele é a razão de sua felicidade; mas, de certa forma, suas atitudes a
incomodam.
Descobrimos que Michel Brum consegue o que quer e
interfere na vida de Johanna de maneira abusiva, demonstra sinais de agressividade
e logo amansa, como um verdadeiro bipolar!
Em um ponto culminante, ela descobre a verdade por
trás da máscara que Michel Brum carrega e é essa verdade que vai mudar toda a
visão sobre a sua própria vida. Talvez ela não fosse tão amaldiçoada quanto pensava.
Hora da verdade.
Quando eu terminei esse livro eu fiquei exatamente
assim: “MEU DEUS DO CÉU O QUE FOI ESSA MONTANHA-RUSSA QUE EU ACABEI DE LER?”. É
aquele tipo de livro que você termina e continua em choque nas próximas horas,
fica refletindo sobre toda a história.
Eu achei maravilhosa a troca de narrativa (não é
todo livro que passa de primeira pessoa para terceira pessoa e fica bom), os
períodos são bem marcantes exatamente por causa disso. Você tem uma passagem de
tempo entre o atual e o passado. Conhecemos a história de Johanna conforme o
livro é desenvolvido e é esse fator que instiga o leitor a continuar a leitura,
você quer saber mais sobre o que aconteceu e também sobre o que está
acontecendo. É uma loucura (o tipo bom de loucura!).
Eu simpatizei bastante com a Johanna. Uma mulher
mais reservada e com medo de perder as pessoas que ama. Ela sofreu golpe atrás
de golpe e podemos ver sua trajetória, como ela foi de uma adolescente popular
a uma mulher antissocial. A evolução presente nesse livro é maravilhosa, você
consegue entender a psicologia da protagonista conforme conhece o seu passado.
(Sem falar que eu adorava as partes em que ela falava com o psicólogo
imaginário).
Michel Brum é o tipo de cara que você ama e depois
odeia, e depois tem vontade de matar na base da tortura! Quando o personagem
tinha os seus surtos agressivos, eu tive vontade de entrar no livro e dar umas
belas de umas palmadas nele! É outro personagem bem desenvolvido, sua conduta
misteriosa faz com que você esteja sedento por descobrir mais sobre ele, de
onde ele veio e o que ele pretende.
E o que dizer desse final?! Eu choquei, fiquei
bege, rosa, azul, amarela! Só tenho uma coisa a dizer, eu não aguentaria
esperar dois anos. Johanna é o tipo de mulher forte e admirável guardada dentro
de uma casca com cara de poucos amigos.
Simplesmente amei! As descrições, a narrativa, os
mistérios, as suspeitas. Eu ficava pensando em várias teorias conforme o livro
passava.
Johanna é o tipo de mulher que deve ser aplaudida
de pé e a Soraya também, afinal, foi ela quem escreveu esse livro mara!
Autora: Soraya Abuchaim
Editora: Ella
Número de páginas: 232
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